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Aceitar a doença é o primeiro passo para um bom cuidado


A gente só entende de determinado assunto quando estuda e procura aprender sobre ele. Como você vai aprender cuidar de uma pessoa com Alzheimer se você não aceita o diagnóstico que foi dado a ela? É totalmente compreensível que você cuidador/familiar se sinta angustiado a respeito de tudo o que você imagina que vá acontecer com o idoso. Mas a gente vive no presente. E hoje eu te pergunto, o que você sabe sobre a doença no atual estado em que ela se encontra no idoso que você convive? Sabemos que ela é uma doença degenerativa, progressiva e até então, sem cura. Mas e sobre o andamento dela HOJE? O que você sabe? As pessoas precisam se atentar no que acontece hoje, não no que ainda está por vir! Saber o que vem pela frente é importante pois a gente se prepara de uma maneira responsável, sem escândalo ou pânico. Inclusive, falei disso quando fui convidado para o programa Encontro, com Fátima Bernardes! (caso não tenha assistido, clica aí!)

Se hoje o idoso não está afim de comer, então você deve procurar maneiras de driblar isso. Se hoje ele não conseguiu chegar a tempo ao banheiro, então você precisa saber como lidar com isso de forma que ele não se sinta constrangido, e já pensar em alternativas como o uso de fraldas geriátricas. E a partir daí também pensar em estratégias para ele aceitar a fralda sem ficar envergonhado. Ou seja... se você não aceitar que ele precisa de ajuda, como conseguirá ajudá-lo? Como irá pensar em todas estas alternativas? Os dias de ficar triste, e pensar que nada faz sentido, ou clamar a Deus: "O que ele fez para merecer isso?" são comuns, mas aceitar a doença ainda é o primeiro passo para um bom cuidado.


A ACEITAÇÃO DA DOENÇA DO MEU AVÔ


Apesar de querer logo o diagnóstico (pois no início nenhum médico dizia exatamente o que se tratava, o que dificultava o início do tratamento), eu pensava que nada do que as pessoas falavam aconteceria ao meu avô. Tenho uma amiga que conviveu por anos com sua avó que teve Alzheimer (beijo, Ananda 💋) que sempre me orientava sobre as situações que poderiam surgir, e eu ouvia mas no fundo dizia à mim mesmo:


"Ah, mas meu avô tá bem, não vai chegar a esse ponto"

E não importa o quão bem você cuida, a doença seguirá a sua evolução! O que muda é como ela irá evoluir. Se você deixa de dar atenção, carinho e CUIDADO ao idoso, ela evoluirá com certa rapidez. Tudo conta na hora de cuidar. As vezes uma decepção que ele teve poderá dificultar na hora do banho, na vontade de comer, de sair, de seguir com o seu dia... Então o melhor é sempre pensar no conforto dele, que consequentemente lhe evitará inúmeros outros problemas. A boa convivência sempre será a melhor opção.


Aprendi isso com o tempo e conforme a gente aceita a realidade que a cada dia evolui no idoso, nos tornamos até mesmo mais preparados para lidar com decisões que precisarão ser tomadas por nós.


E aceitar não significa que vai ser menos doloroso ver o idoso passando por todas as situações que ele virá a enfrentar, mas nos permite fazer ele aproveitar cada um dos momentos bons que ele tem! Se você sabe que ele poderá perder o movimento das pernas, então deixe ele andar (contanto que seja em segurança), se sabe que ele um dia perderá a fala, então deixe-o conversar sem parar. Situações assim muitas vezes nos estressam, mas quando a gente sabe do que vem à frente conseguimos forças para aceitá-las e até mesmo apreciá-las...


Comentei sobre isso em uma publicação, onde relato um diálogo com meu avô que não parava de falar antes de dormir! (clique aqui caso queira ler!) >> https://bit.ly/2JlaczV


Finalizo aqui deixando uma dica: O que você cuidador precisa, é de mais pessoas que entendam o que você passa. Quando você conta para alguém a situação que você vive, a pessoa só comenta: "Ah, difícil né? Nossa... que complicado".


Então, te convido a sempre fazer parte de grupos em redes sociais que falem sobre cuidados com idosos, ou até mesmo seguir páginas (como a nossa,rs), acompanhar publicações, ler comentários... pois lá você sempre encontrará alguém que passa/passou pelo que você também está vivenciando!


O nosso maior erro é achar que estamos sozinhos.


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1 Kommentar


Sueli Pinto
Sueli Pinto
06. Juli 2019

Realmente Renan... Infelizmente parente é sempre o quê não quer saber dos seus idosos. Tomo. Conta da minha sogra, vivo na casa dela, ela tem dois filhos : o meu companheiro e outro que está em França. É impressionante como não fazem conta da mãe. Se não for eu a levar ao médico ou até ma um café, ela fica como num bicho. Nunca vi isto na minha vida. É me revolta porque eu não tenho um tempo pra mim. O filho da França vem passar férias. Vem pra cá, viaja para outros lados e eu que se vire com a mãe. É eu tenho um filho de 7 anos, é tudo comigo. Estou canada.

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